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Escrever é muito mais do que uma mera paixão, é uma parte de mim!
Na poesia, os pensamentos, as ideias e as emoções ganham vida própria, deixam de ser uma parte do autor e rompem a fronteira do "eu" , abraçando, assim, outras realidades, outras vidas.
Nélson J. Ponte Rodrigues

domingo, 26 de abril de 2015

Tormento

Quem procura amor, confronta-se tantas vezes com o dissabor. O amor não se encontra. Ele é fruto do acaso, do destino... O amor é o maior bem da humanidade. No entanto, nem todos o querem de verdade. Podem querer tudo, menos o amor. 

A palavra "amor" está cada vez mais vazia e deturpada. Amar a mulher errada, que te usa, que te ilude ou simplesmente não te ama é a punição de muitos românticos. Na nossa era, tudo deve ser instantâneo: extremamente prazeroso e/ou rentável e descartável se necessário. O genuíno amor escasseia... Aparentemente, já não há tempo nem paciência para amar. Sem tempo e dedicação nunca haverá espaço para o amor singrar. 

Aqueles que ainda sabem amar, mas não são amados, são as pessoas mais fortes e corajosas. Quem me dera ser um mero escravo dos prazeres carnais ou materiais. Tudo seria mais fácil. Não entendo, nunca entendi e jamais entenderei a relação entre o amor e a mente humana. Eu procuro lógica em tudo até no amor. Esse é o meu erro.
 
Algumas mulheres amam homens que lhes traem, menosprezam, humilham, desrespeitam. O amor bandido é geralmente o mais apetecido. Porquê? O amor retratado na literatura é o mais autêntico e o mais raro. 

Tantas vezes nos momentos de desespero a minha mente sussurra: "Tolo apaixonado ainda vives tão amargurado. Aprende a arte da paixão e esquece tudo o resto, principalmente o amor. Seduz tudo e todos, mas nunca te entregues a ninguém." 
Serei capaz de praticar tal arte do desapego?

Um amor que brota, mas que nunca cresce, que nunca atinge a maturidade, que sucumbe tão rapidamente. Esse é o amor atormentado que assombra tantos corações apaixonados que permanecem neste sufoco, neste tormento, nesta viagem sem um final feliz.

Nélson José Ponte Rodrigues
26-04-2015


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