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Escrever é muito mais do que uma mera paixão, é uma parte de mim!
Na poesia, os pensamentos, as ideias e as emoções ganham vida própria, deixam de ser uma parte do autor e rompem a fronteira do "eu" , abraçando, assim, outras realidades, outras vidas.
Nélson J. Ponte Rodrigues

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Uma Mulher Verdadeiramente Bela

Uma mulher verdadeiramente bela sabe amar o homem com quem se deita, sabe interpretar os seus silêncios. 

Uma mulher verdadeiramente bela partilha o seu corpo, não o dá nem o vende a ninguém. 

Uma mulher verdadeiramente bela é fiel, companheira e honesta. Não alimenta subtilmente os desejos carnais dos homens que a rodeiam, que considera interessantes ou vantajosos. O seu corpo é um templo e não um mercado. Age com requinte, abomina a vulgaridade. 

Uma mulher verdadeiramente bela tem muito mais do que um corpo, tem uma inteligência ímpar, tem uma sensibilidade graciosa, tem caráter e uma personalidade flamejante. 

Uma mulher verdadeiramente bela não quer a luz dos holofotes, não quer notoriedade a todo o custo, não quer colecionar nem homens nem troféus, não precisa de aprovações. Ela confia em si mesma. O seu trajeto diz tudo. Ela não se exibe. Os seus atos e feitos exibem-na. Não depende do sexo masculino. Não depende de ninguém.

Uma mulher verdadeiramente bela sabe o que quer e quem quer. Quem requer muita atenção e ornamentos, denuncia um grande senão. Esse ser, é, provavelmente, uma rameira que nega compulsivamente a sua natureza, a sua vocação. Algumas aceitam dinheiro, outras favores e privilégios. Existem, portanto, mulheres e rameiras. Umas assumidas, outras não. 

Uma mulher verdadeiramente bela é livre e íntegra vinte e quatro horas por dia sem tirar dias de folga. As suas vontades e desejos momentâneos, que assaltam todos nós, não a corrompem, fortalecem a sua unicidade. O pecado não a estimula. 

Uma mulher verdadeiramente bela venera e respeita o homem que escolheu. Dignifica o seu título de mulher. 

Uma mulher completa é, por todas as razões enumeradas, um manjar dos deuses, uma obra-prima, é uma musa quase extinta. 

Nascer com seios e uma vagina tornam-na feminina, não a transformam miraculosamente numa mulher na verdadeira aceção da palavra. Todos nós nascemos seres sexuais, não cidadãos. Um pénis e uma vagina não são indicadores de maturidade ou integridade. 

Somos livres no ato de escolher. Posteriormente, seremos servos dos nossos atos e palavras. Não há fuga possível. Existem, no entanto, muitas mentiras e desculpas...Tantas! 

O caminho mais fácil e instantâneo sempre foi o mais cómodo e apetecível. Logo, sempre existiram seres banais e excecionais. 

Podemos ser e estar com quem desejamos. A opção é, geralmente, nossa. Culpabilizar o outro é inútil. A escolha é nossa: mudar ou permanecer igual, ficar ou partir, dizer sim ou não, agir ou ficar quieto, pensar ou não.

 Nelson José Ponte Rodrigues 

01-09-2016

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