Não há amor nem amizade onde não há respeito, sinceridade, admiração, lealdade e gratidão. "Amo-te" diz-se tanto, mas sente-se tão pouco. E tu? Sentes-te amado ou estás simplesmente acomodado?
Poucos ousam explorar
a solidão. A solidão, por vezes, é cruel. É verdade! A solidão, pelo menos, não
estupidifica ninguém, não desvaloriza, não é ingrata nem maliciosa. Quem
aprende a apreciar a sua própria companhia, explorando os seus interesses,
nunca está sozinho.
Os bons amigos nunca
te abandonam. Se tiveres um ou dois, já és um sortudo. Muitos não sabem que não
têm nem um. Certas pessoas só têm amigos de ocasião. Amigos para festejar os
bons momentos, para desanuviar ou sair à noite são, geralmente, meros
conhecidos. Alguns chamam-te amigo, mas nem se preocupam ou notam a tua
ausência. Se morresses, talvez fossem ao teu funeral... Precisas desses
"amigos"?
Muitos têm medo de
ficar solteiros, sozinhos. Procuram desesperadamente um corpo para abraçar,
alguém que lhes faça sentir amados. O amor que muitos desconhecem é o
amor-próprio. Só devemos estar com alguém que nos faça sentir bem, alguém que
complemente a nossa existência, alguém que nos compreenda e aceite naturalmente
imperfeitos.
A mulher que te
assumiu perante o mundo, que faz de tudo para estar contigo mesmo após um dia
desgastante e atarefado. Isso é amor!
A pior solidão é bem
percetível quando estás ao lado de pessoas que não te valorizam. Foge, então!
Não te estás a respeitar. Antes de amares ou admirares alguém, lembra-te: tu és
único e só mereces o que dás. Se dás muito e recebes pouco ou nada. Sai daí.
Estás a perder tempo. És parvo?
Valoriza-te e, acima de tudo e todos, ama-te
loucamente. Ter pouco, mas bom é melhor do que ter muita ninharia na tua vida.
Avança junto daqueles que te empurram para a frente, acreditam em ti,
aconselham-te, apoiam-te (sem o teu consentimento) e não te puxam para trás.
Pouco, mas bom. Sempre!
As multidões não me fascinam.
Nelson José Ponte Rodrigues
15-10-2016
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