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Escrever é muito mais do que uma mera paixão, é uma parte de mim!
Na poesia, os pensamentos, as ideias e as emoções ganham vida própria, deixam de ser uma parte do autor e rompem a fronteira do "eu" , abraçando, assim, outras realidades, outras vidas.
Nélson J. Ponte Rodrigues

sábado, 6 de setembro de 2014

Uns só respiram. Outros VIVEM!

Vivemos numa sociedade caracterizada pela amorfia, pelo consumismo desenfreado e pela frivolidade. Poucos são aqueles que debatem ideias válidas, que questionam a realidade circundante, que perseguem os seus sonhos, que valorizam a honestidade, a gratidão, a filantropia... 

Ganhar tempo de vida só é possível quando encontramos o que / quem nos faça feliz. Muitos são aqueles que perdem tempo de vida inutilmente, discutindo assuntos triviais, adquirindo bens materiais para ostentar, consumindo corpos sem lhes conferir qualquer valor! Não somos meros corpos, somos pessoas... certo? Todos nós deveríamos ter uma identidade honrosa, humildade e dignidade! Nem todos têm.... É um facto incontornável e lamentável!

Nas novas gerações, não vejo curiosidade, ambição, a procura pelo perfecionismo. Tantos querem tão pouco! É assustador! Tantos marcham ao ritmo do tambor e nem ousam descobrir-se... "Vivem" e contentam-se com tudo aquilo que cai no colo, tudo aquilo que implica pouco esforço. Assim, é fácil alcançar a "felicidade"... Medíocre, na minha opinião.

Muitos seguem padrões, convenções ou costumes: nascer, estudar, namorar, trabalhar, casar, ter filhos e morrer. Aqueles que não fazem algo que lhes dê prazer, que estão ao lado de uma pessoa que não amam, que são "forçados" pela sociedade a fazer o "suposto"... Não vivem, existem! Tu fazes parte de uma sociedade, não pertences a um rebanho. Um dos piores flagelos da nossa sociedade é: poucos ditam as regras, alguns (mas poucos) colocam questões ou erguem a voz quando é necessário. Muitos estão robotizados, domesticados. A apatia é a pior inimiga da felicidade e da justiça também.

Algumas pessoas são tão ocas, confinadas a uma existência a preto e branco, por opção e, por isso, perdem tempo a criticar, sem sentido critico, os outros; têm tempo para julgar todos aqueles que têm recheio, isto é, aqueles que sonham e que perseguem os seus sonhos.... Criticam, assim, aqueles que são ousados, sonhadores!

Tantos casam porque está na hora de casar. Têm filhos porque está na hora de ter filhos. Quem disse? Devo seguir estas vozes e ignorar a minha própria voz? Devo abandonar os meus verdadeiros desejos perante as "regras" da sociedade?! Não!

Não sou e nunca fui presunçoso. Sei o que quero e o que não quero. Só isso!

Por vezes, demoro muito tempo a decidir-me. É verdade, não nego! Embora "muito" ou "pouco" sejam palavras muito vagas em certas circunstâncias. Tenho a plena consciência que poderia ser mais ousado e, assim, não perderia "tanto" tempo a tomar decisões, mas, por outro lado, ganho tempo. Avanço quando me sinto verdadeiramente preparado para a batalha. Sou cauteloso demais e detesto errar. Gosto de avaliar os prós e os contras, especialmente, quando quero loucamente algo ou alguém. Então, luto com vigor. Quando venero algo ou alguém, entrego-me completamente. 

Espero um dia fechar os olhos, pela última vez, e dizer: Sim, fui feliz!

Ainda sou um menino sonhador. Eu sigo as minhas paixões, isto é, tudo aquilo que me faça feliz. Posso não ter tudo (aquilo que quero), mas, pelo menos, tento tornar os meus sonhos realidade. Posso caminhar devagar e, por vezes, tropeçar, mas, pelo menos, caminho. Ouço a voz do meu coração, o "eu" que sussurra na minha mente! Aquele que tenta ser feliz, nunca fracassa... aprende, descobre-se!

As minhas prioridades continuam a ser as mesmas de sempre: fazer aquilo que me faz feliz; rodear-me daqueles que me amam, que me compreendem, que acreditam no meu potencial, que me guiam quando estou perdido. Recuso-me a ser apenas mais um que vive uma vida incolor e insípida.

Não quero fama, quero marcar vidas, inspirar...  Viver e ser apenas mais um no meio da multidão não me fascina. Existir é fácil. Viver é difícil. Portanto, uns só respiram. Outros vivem.

EU, a todo o custo, tento VIVER! Respirar é um ato mecânico, irrefletido. Viver, por outro lado, é a maior qualidade daqueles que, simplesmente, não têm uma vida simples, fácil.

Aqueles que lutam em nome individual pela própria felicidade sem estratagemas nem dependências e / ou aqueles que são o que são por mérito próprio são, indubitavelmente, os senhores incontestáveis da sua felicidade. Nada dá mais prazer do que conquistar com as nossas próprias mãos a nossa felicidade.

Tudo aquilo que implica esforço, determinação, lágrimas e suor torna-nos mais fortes e sábios. E tu? Queres viver ou existir? Não te contentes com pouco quando tens tanto para dar!

Viver não é uma imposição, é uma escolha. Preferes uma vida sem tempero (existir) ou uma vida temperada a rigor (viver)? Viver implica algumas quedas, deceções e muitas doses de perseverança... Aqueles que vivem sofrem, geralmente, mais. São assombrados por muitas dúvidas ou receios. Só aqueles que arriscam vivem neste constante tumulto interno.

Quem opta por uma vida morna, sem sal, regidos por rotinas extenuantes e até sufocantes, não se depara com tantos momentos de ansiedade. Contudo, quem exerce conscientemente o direito de VIVER, sente tudo com muita intensidade. Sim... vale a pena VIVER!

 Nélson José Ponte Rodrigues

06-04-2014

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